O que nunca foi dito com franqueza sobre as profissões


Profissão é o estado, condição social, papel de um indivíduo que exerce um emprego, ofício ou arte como meio de vida ou ocupação habitual, na qualidade de subordinado ou por conta própria e visando algum tipo de reciprocidade.

Da mesma forma, chama-se profissional uma pessoa que já tem inveterados certos hábitos ou vícios, a saber: “Bêbado profissional”, “Chato profissional”, Ladrão profissional”, “Puxa-saco profissional” e por aí vai.

“Profissão de fé” é uma declaração pública que alguém faz de suas opiniões políticas ou sociais.

É esse sentido lato — que privilegia a rotina, o hábito, a prática usual e metódica de um mister — que adotamos aqui para designar as profissões e as atribuições que a certas criaturas toca cumprir por escolha própria ou pelas inconstâncias da fortuna.

Não estranhe, pois, o leitor encontrar arrolados entre os tradicionais ofícios fabris e as artes criadoras alguns modos de vida cuja inclusão possa parecer inapropriada. É que — pela carga semântica, pelo poder evocativo que têm — seu agente os acolhe de forma tão pacífica e os protagoniza com tão inexcedível zelo, que não podem ser considerados como simples passatempo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ÍNDIO (Ver Cotista e Ongueiro)

                Bugre sem indústria, engenho ou serventia, relativamente incapaz, que, todavia, presta-se (mediante paga ou escambo) a coadjuvar manejos solapados de entidades estrangeiras e de seus financiadores, com vistas ao desmembramento do território brasileiro, tornando vulnerável a soberania nacional.

Comentário

        A plena soberania sobre a totalidade do território é questão de sobrevivência e de honra para o Brasil, nem que seja para justificar o esforço de nossos antepassados em resguardá-las pelas armas e pela diplomacia.
        Antes de Cabral aportar aqui, não existia uma nação nem um estado. Centenas de tribos com idiomas diferentes e com hábitos da idade da pedra lascada se “desentendiam” de norte a sul, esquecidos e incapazes de vigiar fronteiras e manter incólume a Hiléia. Os portugueses organizaram o país, que se tornou nação independente a partir de 1822, já abrigando brancos, índios e negros (mais tarde vieram os europeus e os orientais), todos constituindo uma nação brasileira.
        Em quinhentos anos, os índios não aprenderam sequer a plantar feijão e arroz, ou criar galináceos para engrossar a canja. Permaneceram nos raposônicos e ianomânicos maracanãs — inocente e indolentemente — flechando uns poucos peixes e outro tanto de caça.
        Aculturados e tendo caído nas graças do STF, quinze mil silvícolas inúteis dispõem agora de uma área do tamanho de Portugal, sem saber como mantê-la, já que se fixaram em vilas e povoados, integrados ao time dos maiores latifundiários que o sol cobre e ali desfilando com trajes vistosos e carrões incrementados.
        Noventa por cento dos brasileiros estão proibidos de entrar em Shangri-La e, parte deles, condenados a viver em espaços exíguos, sem os privilégios daqueles 10% que têm garantido o direito de percorrer 100% do Brasil.
        As autoridades PTelhas que ocupam o poder apaniguam os improdutivos cocares, tal como compactuam com os vândalos do MST, parlamentares e funcionários ladrões e sindicalistas baderneiros e tresloucados. Na região, grassam os mais variados ilícitos, e o Estado não se faz presente. Trata-se, literalmente, da lei da selva. Único baluarte, o Exército tenta bravamente superar a permeabilidade das fronteiras. A mídia, cooptada, finge que reconhece o descalabro... às vezes e em horas mortas, que é pra ninguém ouvir.
        Mais um pouco, Judiciário e Executivo reconhecerão a Confederação dos Tamoios e “devolverão” aos caciques Cunhambebe e Aimberê os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
        Nesse meio tempo, salafrários estrangeiros, madeireiros e garimpeiros selecionaram alguns índios espertos, como agentes e massa de manobra, e passaram a devastar florestas e poluir as águas. Na esteira dessa atividade satânica, em malicioso contraponto, ONGs, subordinadas ou não a financiadores estrangeiros, e instituições religiosas — como se abnegados filantropos fossem — vieram engrossar o grupo de parasitas animados pelo sórdido objetivo de se locupletarem do dinheiro público — A suposta preocupação de assegurar aos malandros espaço para a preservação da cultura indígena serve perfeitamente ao propósito espúrio de explorar água, minerais estratégicos, biodiversidade, etc. Quem possuir de fato a Amazônia emergirá como a grande potência do terceiro milênio.
        Ou alguém acredita que a compulsão em demarcar exageradamente as terras indígenas, sobretudo a região fronteiriça, e institucionalizar os direitos dos povos indígenas; proibir a presença de brasileiros nas áreas delimitadas e desarmar a população visa consolidar a cultura indígena? Só os idiotas e os mal intencionados.
        De outro modo, não se pode admitir a existência de guetos ou feudos étnicos, especialmente num país multirracial como o Brasil. O índio deve ser integrado à sociedade brasileira e não mantido em um Jardim Zoológico (ou será Antropológico?). Brancos, negros, amarelos, europeus, gente de toda a espécie e origem, que habita o território nacional deve sujeitar-se às leis vigentes no país, leis feitas para brasileiros, que todos são. Devem todos ter os mesmos direitos e os mesmos deveres... Vá lá que índios (como os padres) sejam isentos de impostos e até ganhem uma bolsa-tacape ou coisa assim (PTelho é capaz das maiores atrocidades). O que não podem é valer-se de artimanhas pindorâmicas para ter benesses que os demais brasileiros tributados não têm e, ainda por cima, eximir-se de contribuir pelo trabalho ou por que outra atividade seja.

Pano Rápido
Previsão do tempo na aldeia moderna

        Preocupados com a aproximação do inverno, os índios perguntaram ao cacique:
        — Teremos um Inverno rigoroso ou ele será ameno?
        O Chefe, vivendo tempos modernos, não tinha aprendido com seus ancestrais os segredos da Meteorologia. Não podia, no entanto, deixar transparecer insegurança perante seus subordinados. Concentrou-se e por algum tempo ficou olhando para o céu, as mãos estendidas para sentir os ventos. Finalmente, em tom sereno e firme, falou:
        — Companheiros! Sim... neste ano teremos um Inverno muito forte. É bom, desde já, providenciar muita lenha!
        No dia seguinte, receando que o "chute" falhasse, o cacique foi ao telefone e, sem se identificar, fez uma consulta ao Serviço Nacional de Meteorologia.
        — Sim, temos informações de que o próximo Inverno será muito frio, disse-lhe o funcionário.
        Sentindo-se mais seguro, novamente dirigiu-se a seu povo:
        — Companheiros! É preciso recolher muita lenha... Teremos um Inverno rigoroso!
        Dois dias depois, ligou novamente para o Serviço Meteorológico e ouviu a confirmação:
        — Sim, neste ano o inverno será muito forte!
        Reforçou, então, a recomendação:
        — Tenham consciência de que o Inverno será muito rigoroso. Recolham todo pedaço de lenha que encontrarem. Teremos que aproveitar os gravetos também!
        Uma semana depois, ainda insatisfeito, ligou mais uma vez para o Serviço Meteorológico:
        — Mas vocês têm certeza de que teremos um Inverno forte mesmo?
        — Sim. Neste ano teremos um frio intenso. Nós temos certeza absoluta.
        — Mas como vocês podem ter tanta certeza?
        — É que os índios estão recolhendo lenha pra cacete...

COTISTA (Ver Índio)

                Afro-descendentes, silvícolas, homossexuais e quetais, auto-declarados prejudicados por possíveis preconceitos, que frequentam todos os tipos de universidade (com direito a merenda), independentemente de capacidade ou mérito.

Comentário

        Para agarrar-se com unhas e dentes ao poder, a camarilha PTelha lança mão de todo tipo de esmolas. A política clientelista dessa corja levou-a a instituir a cota racista, uma afronta à igualdade democrática, em benefício da qual, mentirosamente, diz agir.
        Se for para escancarar a porteira da universidade, que tal o sorteio? Chances iguais, sem falar que os mais pobres, os negros, os mestiços — por serem maioria em seu conjunto — tenderão a entrar em maior número.
        Certamente, a intenção é a de que o branco esclarecido (esclarecido mesmo; que não vota em Lula, por exemplo) deverá ser discriminado — se um branco, um negro e um índio tirarem nota igual entre as menores acima do mínimo, em um vestibular, cairá fora o branco. Em nome do princípio da igualdade perante a lei, os cretinos tratam desigualmente os desiguais.
        Mas por que fazem isso, além de servir aos seus sórdidos propósitos políticos? Porque é mais fácil, rápido, barato e rendoso do que corrigir a estrutura falida do ensino fundamental. Sem falar que eles não têm competência para investir em ensino de qualidade sequer no Primário, estágio este que considerável parte deles não logrou superar.
        O direcionamento prioritário aponta para as escolas públicas frequentadas pelas classes pobres. É aí que deve começar a famosa “inclusão”, em nome da qual nos impuseram uma racialização oficial, um conveniente cortejo de rancores e ódios, que põe em risco a coesão nacional.
        A medida desastrada dos idiotas em exercício (em todos os sentidos), ao contrário de universalizar a cidadania efetiva, meramente instala uma trégua numa batalha racista que não existe, apenas pipoca esporadicamente em manifestações subterrâneas, mas que serve de pretexto para a promessa sedutora de inclusão (Ô palavrinha deturpada!), baluarte com o qual — entre outros ludíbrios — esses sevandijas pretendem se eternizar no poder.
        Também vale especular sobre o que acontecerá com o felizardo cotista. Conseguirá o façanhudo acompanhar o resto da turma? Ele passará em Cálculo sem ter aprendido corretamente as quatro operações? Teremos advogados afirmando com convicção plena que quando uma prostituta usa camisinha durante o ato sexual dá-se uma legítima defesa putativa? Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito? O futuro médico indagará se queimaduras de terceiro grau só ocorrem em estudantes do curso universitário?
        A inadequação dos alunos às disciplinas acadêmicas, por conta da precariedade do ensino elementar, inevitavelmente acarretará evasão. É preferível não entrar a entrar de qualquer maneira e não sair.... ou sair zumbizado, com as mesmas ferramentas com que entrou.
        E o mercado de trabalho? As empresas vão contratar “profissionais” despreparados ou, no futuro, será criada, também uma classe de “profissionais” formados pelo sistema de cotas?
        Eu não quero que meus netos sejam atendidos por um médico cotista. Trabalhei a vida inteira, pagando tributos e sem prejudicar ninguém, para ter este direito. E você, admite?

sábado, 10 de janeiro de 2009

JORNALISTA (Ver Repórter)

        Integrante ou mentor de uma farsa goebbeliana cujo principal mandamento é exterminar as individualidades em troca de anistias fiscais e benesses variadas e aviltantes, que podem ir desde a manutenção da titularidade de colunas até uma orgia barata com uma messalina asquerosa.


Comentário

        Em 13 de junho de 1996, a Rede Globo fez publicar (pouco se lixando para as interpretações) a descarada e aterradora confissão de que, praticamente sozinha, elegeu Fernando Collor presidente da República. Dizia o anúncio de meia página:

“Como falar com milhões de consumidores que não têm telefone, fax, não têm o hábito de leitura, não recebem mala direta, não compram revista, não vão ao cinema, mas vão consumir US$ 89 bilhões em 96?”

        Ilustrava a resposta um imenso aparelho de televisão com a tela completamente tomada por uma multidão incalculável de informes criaturas que, obviamente e apenas, valiam pela expressão quantitativa. O anúncio acrescentava no rodapé este dado alarmante: “A Globo é o melhor veículo para atingir o consumidor de baixa renda com a máxima eficiência e rapidez, sendo também — segundo o Ibope —, em qualquer hora do dia, a preferida das classes com menor poder aquisitivo”.

        Tal mensagem torna patente que, nos lugares carentes de recursos e no interior dos estados mais pobres, as pessoas (tratadas pela organização como “consumidores”, se individualmente, e “classe”, no sentido coletivo) que dispõem de aparelhos de televisão estão sintonizadas na emissora com maior poder de fogo para alcançar os grotões mais longínquos do país.

        À Rede Globo, pois, os louros pela façanha de ter brindado o povo brasileiro com a dinastia de fernandos nefandos “escolhidos” pelas classes ‘c’, ‘d’ e ‘e’, com as quais não tinham a menor afinidade (paradoxo ou chalaça: em pobre cama, ricos sonos).

        Chama a atenção, além disso, o destaque gráfico dado à astronômica cifra de oitenta e nove bilhões de dólares. É dinheiro, caramba! Não são conchinhas ou gafanhotos! Por essa grossa cheta, salvo honrosas exceções, bilhões de seres humanos são capazes de trucidar — em os havendo — outro tanto de semelhantes e, de quebra, vender a mãe e esfolar o pai.

        Vale também enfatizar o cinismo de admitir e propagar a sedução do ganho (sim, porque o reclame ainda convidava os demais empresários a participar do “bolo do mercado” que iria consumir os tais e tantos bilhões) por conduzir a carneirada retratada na tela fictícia, pra lá e pra cá. Como a álea de risco em toda a atividade capitalista é compatível com o lucro, parece não sobrar espaço para escrúpulos e preocupações de natureza ética. Ah, o custo! Já está embutido no pacote; engloba, até, a contrariedade de aturar a imode­ração e a vanglória dos mandatários de plantão.

        Vista assim, a coisa parece simples. E é! Logicamente, há a elaboração prévia de um projeto que atenda aos interesses da plutocracia, um roteiro a seguir, cujo primeiro e principal mandamento consiste em exterminar as individualidades. Os mentores dessa farsa goebbeliana já leram Huxley e sabem que “quando o homem pensa, o sistema vacila”.

        Mordaça, então, para todo aquele que ousa pensar pela própria cabeça.

        O inimigo, com opinião própria, só tem influência sobre as criaturas fora da graça do Big Brother. Entretanto, com o intuito de dar uma aparência democrática ao negócio e posar de imparcial, a imprensa “mais vendida” publica, periodicamente, os textos de pensadores esclarecidos como Ubaldo, p.ex, obrigados a colaborar com os principais jornais do país à falta de outro meio que apregoe, com a merecida divulgação, suas idéias contestadoras. Mas, se lava a alma de uns poucos, chega a ser comovente o esforço desses brilhantes autores diante da oligofrênica indiferença do populacho submisso, o que se torna patético ao considerarmos que os idiotas são, exatamente, as principais vítimas desse monumental logro.

        Entrincheirados nos bunkers, os canalhas espreitam. Há que bloquear o acesso ao poder, do ser pensante que não serve a todos os senhores, não faz trato com o capeta e que, também, não almeja o poder. Embora lhes escape esse último detalhe, não dão azo a qualquer descuido: “Se o homem pensa, o sistema vacila”. A vigília vara a noite; o Grande Irmão “zela por ti”, munido de bons marqueteiros, com a eficiência midiática que ajuda a esquecer as promessas dos títeres aos quais foi outorgada procuração para executar o supremo programa. É a imprensa o veículo ideal para a consecução dos procedimentos necessários a assegurar a incolumidade do patriciado, e ela os executa manipulando fatos e números e fabricando ídolos e os chamados formadores de opinião, que devem tirar do ombro da ralé o pesado encargo de pensar e, de repente, por acaso, um dia... dar com a fraude. Não podem os poderosos correr esse risco e cuidam de providenciar uma chusma de imbecis de fácil reposição, que invadem os lares por meio de novelas cretinas, jogos de futebol, programas de variedades e debates enganosos. E vem tudo picotado, banalizado, para tirar o impacto das notícias prejudiciais aos seus intentos e valorizar o enfoque das eventuais boas-novas e das forjadas fórmulas que os mantêm no poder. A realidade cede terreno à encenação. Em vez de refletir a sociedade, esta é que se presta a espelho da mídia, para que possam transfigurar a vida numa “Vida de Truman”, em que todos são, ao mesmo tempo, atores e platéias de um grande espetáculo. E quanta gente impudica, quando cooptada, não se constrange em transformar sua privacidade em fato público, caso se cogite, por exemplo, de vender fraldas ou chuteiras.

        Vale assinalar, a propósito, que, recentemente e em decisão unânime, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que o aparelho de televisão, quando único, é impenhorável. É o mesmo que dizer que são impenhoráveis as relações do indivíduo com o mercado de consumo. Indispensáveis, sempre pensei, são os alimentos... o do corpo e o da alma.

        O banquete que a mídia oferece à plebe ignara, metodicamente engambelada pelos vanguardeiros da nova ordem liberalizante inspira-se no receituário exemplificado por Orwell, em “1984”, particularmente a “novilíngua”. A imprensa escrita/falada/televisada impede o desenvolvimento da linguagem, ferramenta primeira do aprimoramento da civilização; inibe o enriquecimento da consciência crítica. Se não acrescentarmos um argumento à discussão, não será possível estabelecer padrões de julgamento.

        Pra que pensar?


(Texto inspirado em crônica do autor, do livro Sem caminhos de volta, 2000)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

REPÓRTER (Ver Jornalista)

        Profissional, graduado em jornalismo, ardilosamente preparado para enredar toda a gente incauta com um negro monte de documentos e relatos sórdidos, repugnantes, provocando nos entrevistados desassossego e fortes emoções, tornando-os receptivos aos produtos e às mensagens ideológicas que lhes toca divulgar.


Nota

        Em sintonia com o repórter, no que toca à calhordice, mas usando outro tipo de veneno, atua o colunista de fofocas ou colunista social ou cronista... ou coisa que o valha.

Alguns exemplos do quanto conseguem ser frívolos e reles:

“Aviso à Praça: uma ex-primeira dama anda passando cheques sem fundo: duas lojas do Rio — Rabo de Saia e Época — já dançaram. Em R$1.200,00”
(Swan, 22/01/97)

“O mais novo romance da praça envolve um jogador do Flamengo e um conhecido ator de novelas. Eles adoram comida japonesa e amam ritmos caribenhos, tipo salsa e merengue”
(Danuza, 10/10/96)

“De volta ao batente, após um acidente que o deixou um bom tempo no estaleiro, o sempre criativo Régis Rosing emplaca um golaço, em tabelinha com outro criativo craque, o repórter cinematográfico Ederlecy Iamin.
Em tocante depoimento, colhido pela dupla e exibido no Esporte Espetacular, o goleador Jardel confessou ter se viciado em cocaína e implorou uma chance para retornar aos gramados, preferencialmente no Vasco ou no Grêmio.”
(R. M. Prado, 29/04/08)

“Casada atualmente com um empresário, uma ex-modelo tem usado um apart-hotel em Botafogo como cenário de um romântico revival. Encontra-se lá com um conhecido jogador de futebol”
(Zózimo, 4/03/97)

        Por falar em colunista, os cadernos e suplementos dos periódicos mais vendidos abrigam muitos desse órfãos de idéias e reféns da bajulação, da trivialidade e do convidativo recurso de bisbilhotar a carta lacrada que os convencionais passam de mão em mão. A panelinha busca, também, impor seus próprios ícones e ídolos de pés de barro. O processo pode vir mascarado de roteiro gastronômico, às vezes reduzido a libelos hipócritas por conta das contrariedades da igrejinha, frequentemente timbrado pela idolatria feminóide ou outra atribuição entre as que habitualmente acodem a alma desvelada do fofoqueiro de plantão.
        Vejam o quanto é ilustrativa a pulhice do (a) autor (a) da nota abaixo, pescada em uma coluna do segundo caderno d’O Globo, no ano de 1998 (o recorte está incompleto, mas pelo próprio tema é fácil saber dia, mês e autor):

“Quando ainda se pensava que FH não viria para o enterro de Luís Eduardo Magalhães — com a maioria das pessoas gru-da-das na TV achando que o presidente deveria vir, sim —, foram dignos de nota a pausa, o olhar e o tom de Lillian Witte Fibe, ao se despedir dos telespectadores do Jornal da Globo.
Um momento antológico — mais um — de Lillian na TV.”

        Que nojeira! Que desfrute! Nem que fosse a ressurreição de Cristo!
Rogério Barbosa Lima