O que nunca foi dito com franqueza sobre as profissões


Profissão é o estado, condição social, papel de um indivíduo que exerce um emprego, ofício ou arte como meio de vida ou ocupação habitual, na qualidade de subordinado ou por conta própria e visando algum tipo de reciprocidade.

Da mesma forma, chama-se profissional uma pessoa que já tem inveterados certos hábitos ou vícios, a saber: “Bêbado profissional”, “Chato profissional”, Ladrão profissional”, “Puxa-saco profissional” e por aí vai.

“Profissão de fé” é uma declaração pública que alguém faz de suas opiniões políticas ou sociais.

É esse sentido lato — que privilegia a rotina, o hábito, a prática usual e metódica de um mister — que adotamos aqui para designar as profissões e as atribuições que a certas criaturas toca cumprir por escolha própria ou pelas inconstâncias da fortuna.

Não estranhe, pois, o leitor encontrar arrolados entre os tradicionais ofícios fabris e as artes criadoras alguns modos de vida cuja inclusão possa parecer inapropriada. É que — pela carga semântica, pelo poder evocativo que têm — seu agente os acolhe de forma tão pacífica e os protagoniza com tão inexcedível zelo, que não podem ser considerados como simples passatempo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

COTISTA (Ver Índio)

                Afro-descendentes, silvícolas, homossexuais e quetais, auto-declarados prejudicados por possíveis preconceitos, que frequentam todos os tipos de universidade (com direito a merenda), independentemente de capacidade ou mérito.

Comentário

        Para agarrar-se com unhas e dentes ao poder, a camarilha PTelha lança mão de todo tipo de esmolas. A política clientelista dessa corja levou-a a instituir a cota racista, uma afronta à igualdade democrática, em benefício da qual, mentirosamente, diz agir.
        Se for para escancarar a porteira da universidade, que tal o sorteio? Chances iguais, sem falar que os mais pobres, os negros, os mestiços — por serem maioria em seu conjunto — tenderão a entrar em maior número.
        Certamente, a intenção é a de que o branco esclarecido (esclarecido mesmo; que não vota em Lula, por exemplo) deverá ser discriminado — se um branco, um negro e um índio tirarem nota igual entre as menores acima do mínimo, em um vestibular, cairá fora o branco. Em nome do princípio da igualdade perante a lei, os cretinos tratam desigualmente os desiguais.
        Mas por que fazem isso, além de servir aos seus sórdidos propósitos políticos? Porque é mais fácil, rápido, barato e rendoso do que corrigir a estrutura falida do ensino fundamental. Sem falar que eles não têm competência para investir em ensino de qualidade sequer no Primário, estágio este que considerável parte deles não logrou superar.
        O direcionamento prioritário aponta para as escolas públicas frequentadas pelas classes pobres. É aí que deve começar a famosa “inclusão”, em nome da qual nos impuseram uma racialização oficial, um conveniente cortejo de rancores e ódios, que põe em risco a coesão nacional.
        A medida desastrada dos idiotas em exercício (em todos os sentidos), ao contrário de universalizar a cidadania efetiva, meramente instala uma trégua numa batalha racista que não existe, apenas pipoca esporadicamente em manifestações subterrâneas, mas que serve de pretexto para a promessa sedutora de inclusão (Ô palavrinha deturpada!), baluarte com o qual — entre outros ludíbrios — esses sevandijas pretendem se eternizar no poder.
        Também vale especular sobre o que acontecerá com o felizardo cotista. Conseguirá o façanhudo acompanhar o resto da turma? Ele passará em Cálculo sem ter aprendido corretamente as quatro operações? Teremos advogados afirmando com convicção plena que quando uma prostituta usa camisinha durante o ato sexual dá-se uma legítima defesa putativa? Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito? O futuro médico indagará se queimaduras de terceiro grau só ocorrem em estudantes do curso universitário?
        A inadequação dos alunos às disciplinas acadêmicas, por conta da precariedade do ensino elementar, inevitavelmente acarretará evasão. É preferível não entrar a entrar de qualquer maneira e não sair.... ou sair zumbizado, com as mesmas ferramentas com que entrou.
        E o mercado de trabalho? As empresas vão contratar “profissionais” despreparados ou, no futuro, será criada, também uma classe de “profissionais” formados pelo sistema de cotas?
        Eu não quero que meus netos sejam atendidos por um médico cotista. Trabalhei a vida inteira, pagando tributos e sem prejudicar ninguém, para ter este direito. E você, admite?

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