O que nunca foi dito com franqueza sobre as profissões


Profissão é o estado, condição social, papel de um indivíduo que exerce um emprego, ofício ou arte como meio de vida ou ocupação habitual, na qualidade de subordinado ou por conta própria e visando algum tipo de reciprocidade.

Da mesma forma, chama-se profissional uma pessoa que já tem inveterados certos hábitos ou vícios, a saber: “Bêbado profissional”, “Chato profissional”, Ladrão profissional”, “Puxa-saco profissional” e por aí vai.

“Profissão de fé” é uma declaração pública que alguém faz de suas opiniões políticas ou sociais.

É esse sentido lato — que privilegia a rotina, o hábito, a prática usual e metódica de um mister — que adotamos aqui para designar as profissões e as atribuições que a certas criaturas toca cumprir por escolha própria ou pelas inconstâncias da fortuna.

Não estranhe, pois, o leitor encontrar arrolados entre os tradicionais ofícios fabris e as artes criadoras alguns modos de vida cuja inclusão possa parecer inapropriada. É que — pela carga semântica, pelo poder evocativo que têm — seu agente os acolhe de forma tão pacífica e os protagoniza com tão inexcedível zelo, que não podem ser considerados como simples passatempo.

sábado, 15 de agosto de 2009


ONANISTA

Especialista em artes fabris como complemento à educação sexual; aquele que faz punheta; masturbador; punheteiro; que excita os órgãos genitais e produz orgasmo por meio da mão; aquele que presta tributo a Onã. Quando é profissional, pode ser ‘aquele’ ou ‘aquela’.


Comentário:

        Também chamada “bronha” (“Vou socar uma bronha”, p. ex.), a punheta é uma santa e nobre instituição que afirma a independência e estimula e aprimora a imaginação do praticante, ou seja: todo o mundo. Essa arte fabril — quando bem executada — consiste em dar asas à imaginação para retardar ao máximo a apoteose. O bom punheteiro (excluído o retardado que lança mão de revistinha de mulher pelada) será, por conta disso, um bom parceiro de sexo.
O indivíduo que paga para que lhe masturbem não tem amor-próprio. É um herege, um traidor ordinário que cumpre confinar nos calabouços mais esconsos do inferno.
        É preciso ter em mente que não há sacrifício do intelecto que satisfaça as exigências de uma punheta bem sucedida. Há que se estar sempre criando, viajando como os poetas — não os concretistas, por certo, que estes banalizam qualquer bronha. Há felizardos que perpetram prodígios de criatividade, engendram ficções de fazer inveja àquelas famosas do periscópio na banheira com balinhas de menta e a outra, da mão dormente. Chegou ao nosso conhecimento, e vale como lição especial, a bolação de um artista que consiste no seguinte: há uma empregada nova na casa, garota jeitosinha, com ares de songamonga. O maganão coloca uma revista de Carlos Zéfiro sobre o aparador da sala e mede cuidadosamente o quanto dista das extremidades do móvel. Quando a moça termina de varrer o aposento, ele vai lá, mede de novo e constata que ela folheou o precioso documento. Tentar adivinhar o que se passou na cabeça dela durante a leitura é um exercício primoroso de concupiscência a envolver e animar aquele momento mágico e eterno que se segue.
        Missionários, alunos de colégio interno e outros reclusos são especialistas que merecem especial atenção. As múmias (os múmios, no caso) também têm sua história pra contar...

Pano rápido

A mulher abre a porta do banheiro e surpreende o marido se masturbando:
— Que que o senhor ta fazendo aí?
— Lúcia!?... Cê num morre tão cedo...


Você sabia
que antigamente na Inglaterra as pessoas que não fossem da família Real tinham que pedir autorização ao rei para manterem relações sexuais? Quando as pessoas queriam ter filhos, também tinham que pedir consentimento ao rei que, então, ao permitir o coito, mandava entregar-lhes uma placa que deveria ser pendurada na porta de casa com os dizeres: Fornication Under Consent of the King, cuja sigla era F.U.C.K. — daí a origem da palavra chula FUCK.
        Já em Portugal, devido à baixa taxa de natalidade, as pessoas eram obrigadas a ter relações. Esta lei chamou-se "Fornicação Obrigatória por Despacho Administrativo", dando origem à sigla F.O.D.A. Daí a origem da palavra FODA. Já quem fosse solteiro ou viúvo, tinha que ter na porta a frase "Processo Unilateral de Normalização Hormonal por Estimulacão Temporária Auto-Induzida" cuja sigla era P.U.N.H.E.T.A.
Vivendo e aprendendo...


SEMINARISTA

Mancebo destinado à pregação católica e ao celibato eclesiástico, cuja formação compreende duas etapas: a masturbação e a meia.

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