O que nunca foi dito com franqueza sobre as profissões


Profissão é o estado, condição social, papel de um indivíduo que exerce um emprego, ofício ou arte como meio de vida ou ocupação habitual, na qualidade de subordinado ou por conta própria e visando algum tipo de reciprocidade.

Da mesma forma, chama-se profissional uma pessoa que já tem inveterados certos hábitos ou vícios, a saber: “Bêbado profissional”, “Chato profissional”, Ladrão profissional”, “Puxa-saco profissional” e por aí vai.

“Profissão de fé” é uma declaração pública que alguém faz de suas opiniões políticas ou sociais.

É esse sentido lato — que privilegia a rotina, o hábito, a prática usual e metódica de um mister — que adotamos aqui para designar as profissões e as atribuições que a certas criaturas toca cumprir por escolha própria ou pelas inconstâncias da fortuna.

Não estranhe, pois, o leitor encontrar arrolados entre os tradicionais ofícios fabris e as artes criadoras alguns modos de vida cuja inclusão possa parecer inapropriada. É que — pela carga semântica, pelo poder evocativo que têm — seu agente os acolhe de forma tão pacífica e os protagoniza com tão inexcedível zelo, que não podem ser considerados como simples passatempo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

NARRADOR ESPORTIVO

Ufanista que ostenta — com pompas, estrépitos e fanfarras — a presunção mal fundada do próprio mérito, alardeando uma vã erudição de quem já teria apalpado o âmago de todas as coisas. Impostor cuja fatuidade é igual à cobiça com que...

        ... peraí, peraí! Esse texto é próprio para definir os galvõesbuenos mais desvairados. É claro que sempre há um ou outro locutor capaz de manter o justo equilíbrio das idéias e a harmoniosa conformidade dos sentimentos. É certo, também, que evitam demonstrá-lo, pois o bom senso os leva, igualmente, a preservar o emprego nesses dias tão bicudos...

Curiosidade

"Os locutores que lêem os Boletins de Guerra continuam gritando, fazendo discursos, vomitando trovões. Seria tão bom se as estações de rádio tivessem cronistas que ao pensarem no País se esquecessem dos reis, dos governantes e se voltassem para os poetas, músicos, pintores, escultores, arquitetos, artistas, filósofos, em todos os homens de espírito... e falassem neles, sorrindo". (Fon-Fon, 29/01/1944)


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