LEITOR
É simplesmente o ledor, o indivíduo que adquiriu o hábito de ler.
Comentário
O leitor brasileiro nunca se constituiu. Foi constituído. Tudo lhe foi outorgado, como se ele fosse um imenso autômato. A instrução no Brasil é quase nula, porque nulo é o gosto de instruir-se. Ademais, não há estímulo fora da eventual influência caseira (É o que nos ensina Tobias Barreto em seu “Um discurso em mangas de camisa” ou em outro texto dele cujo título agora me escapa)
Para simplificar, vamos dizer que há dois tipos de leitores: o leitor movido pela curiosidade intelectual inata, forjado no seio da família, um herdeiro, um leitor de berço, e o leitor-consumidor, alvo da artilharia editorial-publicitária. E o que prepondera é a imagem publicitária. O próprio valor da palavra parece em estado terminal. O que confere méritos à sociedade é, antes, seu desenvolvimento, sua renda per capita elevada do que a solidez dos mecanismos de proteção à educação.
Os leitores de berço podem até enveredar pelas agruras floridas dos best sellers, mas não são todos. De qualquer modo, seu universo é reduzido, irrelevante para os projetos financeiros dos editores.
Quem vai formar o leitor?
Tirando as redentoras e raríssimas exceções, não existe o “leitor”, mas o “consumidor”, e a quase totalidade dos consumidores é mera depositária de concretitudes e soluções finais que os editores são “obrigados” a veicular.
(Quem mais fala do(s) livro(s)?!... – EBBL – Depoimento de Rogério B. Lima, 2006)
É simplesmente o ledor, o indivíduo que adquiriu o hábito de ler.
Comentário
O leitor brasileiro nunca se constituiu. Foi constituído. Tudo lhe foi outorgado, como se ele fosse um imenso autômato. A instrução no Brasil é quase nula, porque nulo é o gosto de instruir-se. Ademais, não há estímulo fora da eventual influência caseira (É o que nos ensina Tobias Barreto em seu “Um discurso em mangas de camisa” ou em outro texto dele cujo título agora me escapa)
Para simplificar, vamos dizer que há dois tipos de leitores: o leitor movido pela curiosidade intelectual inata, forjado no seio da família, um herdeiro, um leitor de berço, e o leitor-consumidor, alvo da artilharia editorial-publicitária. E o que prepondera é a imagem publicitária. O próprio valor da palavra parece em estado terminal. O que confere méritos à sociedade é, antes, seu desenvolvimento, sua renda per capita elevada do que a solidez dos mecanismos de proteção à educação.
Os leitores de berço podem até enveredar pelas agruras floridas dos best sellers, mas não são todos. De qualquer modo, seu universo é reduzido, irrelevante para os projetos financeiros dos editores.
Quem vai formar o leitor?
Tirando as redentoras e raríssimas exceções, não existe o “leitor”, mas o “consumidor”, e a quase totalidade dos consumidores é mera depositária de concretitudes e soluções finais que os editores são “obrigados” a veicular.
(Quem mais fala do(s) livro(s)?!... – EBBL – Depoimento de Rogério B. Lima, 2006)
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